terça-feira, 2 de março de 2010

Não há duas sem três!

 

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Este antigo adágio popular não podia ser melhor empregue.

Passo a explicar porquê.

O João Trindade é um entusiasta da pesca desportiva que começou a dar os primeiros passos há relativamente pouco tempo. Depois de adquirido o equipamento para pescar ao fundo a partir da costa, eis que surge a segunda tentação: a pesca embarcada.

Foi com satisfação que constatei ter sido mais uma vez escolhido para o aconselhar na escolha do carreto e da cana mais apropriada. Sinal de satisfação pelos serviços prestados, o que muito me alegra.

O carreto foi um assunto rapidamente resolvido e tratado. A cana estava prestes a ser uma 7even First Edition quando ele reparou numa das canas que construí.

Perante o seu interesse expliquei-lhe a origem da mesma e mostrei-lhe o portfolio das minhas meninas.

Daí até combinarmos os pormenores de como seria a sua Made in Portugal foi um instante.

Um cliente simples nas suas exigências: efeito marmóreo em verde e branco nos passadores, como um bom vitoriano gosta, o nome nos gráficos do cabo devidamente acompanhado por um peixe e a garantia de que estava a comprar uma cana de qualidade, o que em breve pretendia comprovar. A cana teria que estar pronta a tempo para uma pescaria no dia 28 de Fevereiro. E esteve. Mas a pescaria… Maldito Inverno!

Como não há duas sem três, aqui vos deixo a terceira Made in Portugal com efeitos marmóreos construída de seguida.

O “blank” escolhido foi o habitual conolon nacional com 3.00m, dividido em duas partes mais ponteira.

O batente escolhido foi uma peça em alumínio terminado por uma borracha e rematado com o efeito marmóreo referido acima e um enrolamento em dois tons de verde e dourado.

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Para porta carretos escolhi desta vez um em alumínio com duas peças do mesmo material a compor o cabo. Este porta carretos tem a particularidade de ter duas aberturas ovais que foram preenchidas com o efeito já citado e o logo da 7even.

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Nos gráficos do cabo a informação técnica, o logo da 7even, a bandeira nacional, o nome do cliente e a cabeça de um peixe em tons de verde que encaixou na perfeição. Tudo isto com o efeito marmóreo e os respectivos enrolamentos a três tons.

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Os passadores, cromados, para combinarem com as peças em alumínio, com interior em SIC. Verde e branco a dominarem os enrolamentos.

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Para acompanhar, três ponteiras em fibra de vidro com enrolamentos em dourado.

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E assim fica apresentada a terceira cana desta curta série com efeitos marmóreos. Todas elas ao gosto do cliente.

Em termos estéticos, esta resultou sem dúvida muito agradável. Em acção de pesca, vou esperar que o João Trindade diga de sua justiça.

A próxima, está a secar enquanto escrevo. Foi até agora a cana mais complicada e difícil de fazer.

Porquê? Vá passando por cá que em breve vai ficar a saber.

6 comentários:

  1. ola nuno.

    começa a ser muito difícil de saber qual a cana que mais gostei de ver.
    esta está muito bem concebida, ao meu ver, muito harmoniosa, o efeito marmóreo muito bonito e as linhas com 2 verdes dentro do mesmo tom e a finalizar com o dourado, ao meu ver muito bem esgalhado.

    este porta carreto fica muito bonito com o efeito e a marca lá dentro.

    as fotografias estão espetaculares, todas elas, desde a escolha dos fundos passando pela disposição da cana e acabando na luz natural, que apesar de ser num dia encoberto, favorece muito as fotografias.

    ri-me com a tua ultima linha tipo novela.heheheh
    mas tambem gostei

    1 abraço.

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  2. Olá Zé!
    Agradeço mais uma vez as tuas palavras.
    De facto estás como eu, já não sei qual gosto mais. E cada vez me custa mais a entregar as canas aos clientes...
    As fotos com umas dicas tuas e com a experiência que vou ganhando parecem estar a sair melhor.
    Quanto à novela, o próximo capitulo já está pronto e em breve vai ser publicado, hehehe.
    Abraço

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  3. Viva Nuno,
    De facto, estás um artista! Gostei muito desta cana, os enrolamentos estão 5Estrelas bem como a parte do porta carretos e os passadores. Estou fã do teu trabalho! És único.
    Mas após meia dúzia de mostras que já vi vou fazer uns comentários:
    - A que mais gostei, sem tirar qualquer valor às outras, e talvez até pela situação que deu origem à mesma, foi a que ofereceste ao dr que tratou dos teus pais;
    - Um blank em canelon nacional não torna a cana demasiado pesada? de que pesos estamos a falar?;
    - Por último, o porquê de todas as ponteiras em fibra? Não gostas de carbono ou não te dão as garantias suficientes de qualidade para te "atrevessares" com os teus cliente? (vá, tu que percebes disto, explica lá à gente..);
    Por fim, os meus sinceros parabéns e os meus votos de muitas e muitas mais "obras primas" destas.
    Um abraço
    João Carlos Silva

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  4. Olá João!
    Desde já agradeço as tuas palavras.
    De facto a tua favorita também é uma das minhas preferidas. Gostei particularmente do jogo das cores que utilizei.
    Quanto as questões que me colocas são fáceis de satisfazer a tua curiosidade. Uma Made in Portugal é de facto um pouco mais pesada que uma cana de carbono. A de 3,00mt com ponteira incluída fica com um peso total de 430 gr podendo este valor ser ligeiramente inferior ou superior consoante o tipo de componentes que se utilize. Se levarmos em linha de conta que uma cana de carbono do mesmo tamanho pesa entre as 320 gr e as 430gr mas não tem a robustez que tem o conolon nacional, facilmente se conclui que o ligeiro excesso de peso é largamente compensado pela fiabilidade que este tipo de "blank" nos dá. Já para não falar na qualidade da montagem e de poder possuir uma peça única.
    Quanto ao facto das ponteiras serem todas em fibra de vidro ou em carbono apenas me limito a conversar com o cliente e tento perceber o que melhor se adapta ao tipo de pesca que ele possa fazer. Em conjunto decidimos como serão as ponteiras assim como todos os outros pormenores da cana.Já fiz algumas canas com ponteiras de carbono e fibra. Efectivamente as de fibra de vidro são as mais procuradas talvez por partirem menos.
    Para quem gosta de pescar a ver a ponteira, a fibra de vidro é mais sensível. Quem gosta de pescar a sentir o peixe, prefere as de carbono por vibrarem mais não sendo tão necessário o contacto visual com a mesma. Para quem não seja grande marinheiro são melhores estas últimas.
    Espero ter esclarecido as tuas dúvidas e mais uma vez agradeço as tuas palavras. São muito importantes para mim.
    Abraço

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  5. ola desculpe la amigo,mas dei com este blog,como sou um amante da pesca,"pesca a corricar a amostra mas na areia ou pedra depende,achei fantastico as suas reliquiasja agora o preço se e que pode dizer----um abraço

    ernesto












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  6. Olá Ernesto!
    Ainda bem que gosta das minhas canas.
    Se pretende obter mais informações pode colocar as questões que quiser através do email nuno.paulino@7evenseas.com

    Obrigado

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