sábado, 29 de janeiro de 2011

Uma moderna, uma clássica e um aniversário esquecido!

 

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Estava difícil o primeiro escrito de 2011!

Um final de ano muito trabalhoso e um inicio conturbado foram as principais causas desta mais ou menos longa ausência. Mas estou de volta e com dose dupla porque começam a estar muitas meninas em lista de espera e como sabemos elas não gostam de esperar.

Sem mais delongas, aqui vai a primeira: a moderna!

Cada vez mais me chegam via e-mail encomendas para construir canas. Este foi mais um desses casos.

O Cesário Costa queria uma cana para os pargos com cabo em cortiça e componentes Fuji. A parte da decoração deixou à minha responsabilidade. Coisa que eu nem gosto… Hehehehe.

Antes de vos mostrar com pormenor a primeira deste ano apenas uma nota para o bom trato que o Cesário revelou. Fico ansioso por o conhecer pessoalmente.

A cana foi construída com um blank de conolon nacional com 3,00m divididos em 2 partes mais a ponteira (duas em fibra de vidro e uma em carbono). Passadores Fuji K e porta carretos Fuji. O cabo é composto por uma mistura de materiais: cortiça, manga retráctil e alumínio. duas em fibra de vidro e uma em carbono.

O batente em alumínio secundado por uma peça de cortiça logo seguido por uma de alumínio a intermediar a passagem para a manga retráctil.

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O cabo como já fiz referência, resulta de uma mistura de materiais mas que se harmonizam entre eles.

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Porta carretos Fuji todo em grafite com cortiça a fazer guarda de honra.

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O suporte para o anzol é dos mais bonitos que concebi. Duas peças de cortiça a emoldurar uma de alumínio onde se encontra o destorcedor.

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O gráfico é composto por uma imagem com água dourada e um pargo na mesma tonalidade. O nome do proprietário e os logos completam o grafismo. Simples mas em perfeita sintonia com o resto da cana.

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a minha assinatura inserida no enrolamento do primeiro passador.

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Os passadores são os já famosos Fuji K com enrolamentos feitos em branco, dourado e preto. Optei por fazer alternadamente a parte central dos passadores com branco e preto com dourado.

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Está completa a apresentação da moderna. A primeira de 2011.

Passemos à antiga. A cana com história.

José Manuel dos Santos Silva de seu nome (faz questão de ser Zé Manel para os amigos) é mais um amigo feito com a ajuda da internet.

Quando me falou numa vara antiga com mais de quarenta anos que gostaria de reconstruir fiquei logo entusiasmado com este projecto. Gosto particularmente de recuperar canas antigas e ainda por cima esta proporcionou-me conhecer pessoalmente o Zé Manel.

Foi um prazer conhecer pessoalmente este jovem! Um espirito jovial e desempoeirado como falta a muitos bem mais novos.

Cana entregue e acompanhada por um brinde: uma foto com a mesma idade que testemunha uma captura feita por dois amigos e que com a autorização do Zé Manel decidi incorporar no gráfico.

Apesar do mau estado aparente, verifiquei que o blank mantinha intactas todas as suas características e uma lindíssima cor de mel. Faltou apenas uma foto do antes.

A ideia era de construir uma cana de pesca embarcada com três ponteiras (duas em fibra de vidro e uma em carbono) com um tamanho a rondar os 3,00m. E assim foi.

O batente de combate foi um dos pedidos do cliente. Confesso que não encontrei uma peça que combinasse com o aspecto que queria dar à cana. Resolvi fazer uma à medida com a junção de uma peça de grafite e outra de alumínio. O enrolamento foi feito com um efeito marmóreo com ouro velho e ouro novo. O velho simbolizando a antiguidade da cana e o novo a montagem moderna. Tudo rematado com um enrolamento castanho e dourado.

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No cabo voltei a utilizar tecido plastificado coberto com resina.

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Porta carretos Fuji em grafite com a parte central personalizada com o mesmo material do cabo e rematado com duas peças de alumínio.

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O “hook keeper” é de alumínio com um destorcedor dourado.

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O gráfico é um dos meus favoritos. Pelas cores e pela foto antiga com uma corvina capturada pelo Zé Manel. O nome do proprietário, os habituais logos e as especificações técnicas completam o grafismo.

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Encaixe feito em fibra de vidro e com reforços nas extremidades das duas partes do blank.

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Os passadores escolhidos foram Fuji mas em dourado. Não poderiam combinar melhor com o resto da cana mantendo as qualidades que são reconhecidas aos produtos desta marca nipónica.

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A pedido do Zé Manel coloquei a minha assinatura junto ao primeiro passador.

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Está completa a apresentação desta cana com história que serve para provar que velhos são os trapos.

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Apesar do escrito já ser longo, resolvi fazer referência a um pequeno pormenor que me escapou.

No meio da azáfama natalícia e com o aumento do volume de trabalho, acabei por me esquecer do 1º Aniversário do ”Canas Made in Portugal” que deveria ter sido assinalado no passado dia 15 de Novembro.

Um ano difícil cheio de altos e baixos mas que me permitiu dar a conhecer o meu trabalho e encontrar algum reconhecimento que no minimo é um óptimo alimento para o ego e dá alento para continuar esta batalha em busca de construir a cana perfeita e ao mesmo tempo, sobreviver.

A todos os seguidores deste blogue, a todos os que comentam, a todos que gostam e acompanham, a todos os que não gostam e desdenham e principalmente a todos os amigos que me deram e continuam a dar força, o meu agradecimento por me acompanharem nesta aventura.

Algumas meninas estão irritadas por estarem à tanto tempo em lista de espera para chegarem aqui. Urge a necessidade de lhes dar o direito ao estrelato. Brevemente mais Made in Portugal vão estar num computador perto de si.